Explorando os elos entre a cultura Romani e o campo da tradução

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Filme

Existem muitos precursores históricos para a produção do cinema como nós o conhecemos hoje (sombras chinesas, lanterna mágica, cinetoscópio, mutoscópio, cinematográfo), mas as projeções rudimentares de filmes apareceram ao público pela primeira vez nos Estados unidos, Inglaterra e França durante os anos de 1980. A indústria do cinema mudo surgiu na década de 1920.  Um dos primeiros mestres na atuação e produção do cinema mudo no mundo foi Charlie Chaplin, um Romani Romanichel da Inglaterra. A produção de filmes evoluiu do preto e branco para o colorido durante a década de 1940, e finalmente se tornou a norma na década de 1960. O ator Yul Brynner, que ganhou fama internacional a partir dos anos 1950 até a década de 1970, também era descendente Romani, e foi nomeado presidente honorário da União Internacional Romani em 1977. Durante a segunda metade do século XX,  as tecnologias continuam a ter grande impacto na produção de filmes e na indústria de entretenimento, incluindo filmes 3D, que começaram a experimentar um renascimento durante a década de 1990. Muitos sub-gêneros existem dentro do cinema e filme, com a produção de documentários crescendo em popularidade. A globalização também tem influenciado significantemente o crescimento da indústria. Filmes estrangeiros são exportados e importados com sucesso internacionalmente através da legendagem e dublagem. Os dois maiores centros de produção de filmes no mundo atualmente são Hollywood (em inglês) e Bollywood (em híndi, urdu, inglês indiano e outras línguas).

Ao longo da história do cinema, muitos produtores de filmes não-Romani têm retratado vários aspectos da vida e cultura Romani em seus filmes, freqüentemente aproveitando os estereótipos já em circulação. Uma indústria cinematográfica Romani mais efetiva começou a surgir no final do século XX, incluído três filmes muito aclamados de dois produtores não-Romani: Skupljači Perja (I Even Met Some Happy Gypsies) de Alexander Petrović, da Iugoslávia, em 1967, e Dom za vešanje (Vida Cigana - Time of the Gypsies) e Crna mačka, beli mačor (Gata preta, gato branco - Black Cat, White Cat) de Emir Kusturica, da Iugoslávia, em 1988. Em 1995, o Romani russo Dufunya Vishnevsky produziria Greshnye apostoly lyubvi (Sinful Apostles of Love). No entanto, o Romani francês (argeliano) Tony Gatlif tem sido o produtor de filmes mais prolífico até agora, lançando, entre outros, O estrangeiro louco - Gadjo dilo (1997), Exílios - Exils (2004), Transylvania (2006), e  Korkoro (2009), que ganhou o Montreal World Film Festival Awards, em 2009. Documentários Romani como Suspino: A Cry for Roma (2003), com o canadense Romani ativista em direitos humanos Ronald Lee, e produções emergentes por jovens Romani como Me, My Gipsy Family & Woody Allen de Laura Halilovic, estão constantemente aumentando em número. Produtores de filmes como a Little Dust Productions (fundada por Jasmine Dellal), que produziu Alma Cigana - Gypsy Caravan, American Gypsy, e Searching for the 4th Nail (George Eli, americano Romani), estão colaborando ativamente com as comunidades Romani e usando filmes com fins ativistas. Festivais de filmes como o Golden Wheel Film Festival , em Skopje, Macedônia, e o anual New York Roma / Gypsy Human Rights Film Festival em Nova York, bem como festivais com importantes componentes fílmicos, como o anual  Herdeljezi Roma Festival em Sebastopol, na Califórnia, são alguns locais populares para exibições.

Referências:

Bakker, Peter and Kyuchukov, Hristo (eds), What is the Romani language?(Paris / Hertfordshire: Centre de recherches tsiganes / University of Hertfordshire Press, 2000).

Malvinni, David (2004), The Gypsy Caravan. From Real Roma to Imaginary Gypsies in Western Music and Film, New York / London: Routledge.

Netmation. "Society-Ethnicity-Romani." Website. (Film reviews)

Sklar, Robert (2003), A World History of Film, Upper Saddle River, New Jersey, Prentice Hall.

 


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